quinta-feira, 8 de maio de 2008

Cotidianamente

Ainda dormia ontem
Quando entrastes
Pela fresta da minha janela
Raio de felicidade
De onde viestes?
Em que te conduzistes?
No velho raio de sol
Numa estrela cadente
Ou num foguete?
Numa sandália singela
Ou na força candente
Da minha saudade?
E por que tão pouco
Ficastes?
Ainda acordava ontem
Quando mais uma vez fugistes.
Da tua fugidia lembrança
Meu parco alimento
Sustento-me até a noite.
Espero-te novamente em sonhos.
Nesta fugidia realidade.
Perco-te cotidianamente.
Um dia, porém, um dia desses
acordarei um instante antes...

Um comentário:

Lili disse...

Saudade de você...Continua poeta. Continua, poeta. Beijo!