Apertam a minha garganta
As mãos ásperas da saudade
Espremem a minha alma
Até as lágrimas nos meus olhos
Os seus braços longos sempre me alcançam
A sua suavidade doce sempre me engana
Se eu continuasse correndo talvez me salvasse
Mas hoje é domingo e
São as pessoas de quem eu mais gosto
Ela, hipnótica, sabe disso
Apertam a minha garganta
As mãos impiedosas da saudade
Espremem o meu coração
Até as dúvidas na minha mente
Talvez não fosse preciso nada disso
E pudéssemos estar sempre próximos
De todos a quem amamos
Mas somos tolos e preferimos soltar as mãos
Apenas para nos sentir mais fortes
Pior é que essa revolta mansa
Apenas se traduz num chorar contido
Quase envergonhado
E na certeza de que além desse poema
Nem tão triste assim, nem tão doído
Nada será mudado
Melhor seria que a saudade me esquecesse
E que eu sempre acreditasse
Que o destino é quem manda na gente
Pelo menos algumas vezes...
domingo, 8 de março de 2009
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