sábado, 12 de julho de 2008

O Purgatório

Nunca luto mas apóio.
Torcida.
Sou um caso definido.
Preguiça.
Minha inteligência não soma.
Desperdício.
Sou um filósofo em causa própria.
Desculpa.
Enxergo tudo que não quero.

Aqui deveria haver um verso. Mas é foda!

Entre a sobriedade obtusa e a criatividade delirante do ébrio
Ainda nesse limbo promitente
Encontro-me
Meu habitat
Antes desse ponto suicido
Além desse ponto não consigo
Sou somente um espírito assustado
Descobrindo-se
Num lapso incandescente
Que passa muito longe dos sonhos...

Ao optar pelo limite
Entre o sólido e o sonho
Apenas exerço meus direitos
De sobrevivente.

Queria que me entendessem
Queria muito que me entendessem
Queria tanto...
Mas se não me entendem, fodam-se!

Moro muito bem nesse purgatório.


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